Eduwardiano (1901 D.C - 1910 D.C)

O período Edwardiano era conhecido pela elegância e alegria. O período ainda evoca um momento de mudança e distinção. Os móveis desse período são leves, arejados e muitas vezes extravagantes. Historicamente o estilo é associado ao período de reinado de Edward VII da Inglaterra, filho da rainha Victória. As levezas de seus móveis refletiam o modo de vida de Edward, que ao contrario de sua mãe adorava viajar e até mesmo se interessou por aqueles grupos que até então tinha sido sem influência, tais como grupos minoritários e mulheres. O estilo continua com a tradição vitoriana de reviver e misturar os estilos mais antigos. Tendo como inspirações o mobiliário georgiano, produzindo assim uma variação denominada neo-Georgiana.

Outro grande estilo revivido nessa época foi o Queen Anne. Com o surgimento do movimento mundial Avant Garde que gerou estilos como Art-Nouveau na França, Jugendstil na Alemanha e Stile Liberty na Itália, o movimento ganhou destaque na Inglaterra no final do século XIX e através da era Eduardiana, continuou a exercer uma influência, embora gradualmente perdendo vitalidade. O revivalismo e reprodução foram duas características importantes do design de móveis dessa época combinando elementos estilísticos de diferentes países e épocas. Este ecletismo é que torna a identificação desse estilo tão difícil. O mogno continua como madeira popular, porém outros materiais mais leves como vime e bambu também foram introduzidos neste período. A prorrogação da leveza característica estilística é perceptível nos ambientes, com o avanço da ciência principalmente na medicina, o modo de vida Eduwardiano incorporou no home-design novas tecnologias de construção como o aquecimento por forno a canalização e a eletricidade. Torna-se um símbolo de status ter água encanada. Casas de banho, quartos amplos durante a era vitoriana tornaram-se menores, em resposta aos ideais de eficiência. No entanto, o banheiro era bem equipado na época com bares de toalhas, pisos de mosaico, chuveiro, bidê, banheira, e vaso sanitário em uma área separada fechada. Um senso paranóico de higiene surge culminando no uso do tom branco nas paredes “o nosso amor por paredes brancas surge dessa época” outro revivalismo foi o da estampa chintz que era um tecido multi-colorido com um acabamento vitrificado com desenhos florais.

Este revivalismo foi fortemente utilizado por Christopher Dresser Botânico autor de vários livros e também designer de interiores que empregou o motivo das estampas chintz em pápeis de parede.

Charles Vosey que era um dos designers do estilo acreditava que a arte devia estar em conformidade com as leis essenciais da natureza e que deve desenvolver naturalmente das condições e tradições históricas da nação que o produziu, por isso sua fonte de inspiração foi especificamente a tradição vernacular da casa rural, assim Vosey explora quase exclusivamente o uso de linhas horizontais e carece de quaisquer estofos, exceto para o assento rush, sua cadeira tem apenas um elemento decorativo explicito, o espaldar perfurado com desenhos de coração. Seus projetos empregavam maravilhosamente esquemas decorativos elaborados, mas com cuidado de garantir que sua decoração deriva-se de imagens simples e naturais que não violaram as limitações naturais associadas com o projeto padrão.

A grande referência da época pro estilo com certeza foi o designer Charles Rennie Mackintosh produziu mobiliário internacionalmente reconhecido e celebrado seus desenhos eram marcantes e pouco ortodoxos. Muitas vezes seu trabalho foi ridicularizado sendo apelidado de “Escola Spook”, já que ele era um dos quatro fundadores da escola de artes de glascow juntamente com sua esposa Margareth MacDonald, sua cunhada Francês MacDonald e cunhado Hebert MacNair construída em duas fases (1897-1899) e (1907-1909), porém Mackintosh já produzia mobiliário desde 1894.

O estilo eduwardiano é caracterizado como último estilo artístico inglês, a partir deste estilo o mobiliário se torna simples e funcional sem ornamentação e com arestas retas.