Willian & Mary (1689 D.C - 1702 D.C)

Estilo de mobiliário desenvolvido no curto reinado de William e Mary (1689-1702) que sucederam o Rei desertor James II, quando ocorre uma mudança no mobiliário inglês. O estilo possui influências chinesas e holandesas principalmente a última devido a William ser holandês e trazendo com ele vários artesãos calvinistas.

O estilo é caracterizado pela perna trombeta em espiral terminando num pé bola ou pé espanhol, os assentos de cadeiras eram alcochoados e vergastados, e os trabalhos orientais laqueados. O encosto da cadeira era trabalhado delicadamente em formato para caber um arco duplo em gabinetes e cadeiras e as pernas traseiras viradas para fora no assento tombando para trás.

Nesse período surgiu o nascimento da cômoda rebaixada, essas novas formas foram introduzidas e com novos elementos, como as pernas finas elaboradas para elevar a peça acima do piso. Em contraste com o estilo jacobino.

A marchetaria tornou-se um importante fator de decoração geralmente na forma de estudo da elaboração floral, conchas enrugadas e folhas de acantos, ou as mais populares algas. A cadeira Banisterback, com ou sem braços, substituíram a cadeira Caneback. Algumas mobílias eram pintadas ou douradas, e muitos assentos foram alcochoados ou possuíam almofadas soltas.

Durante o reinado de William III e Mary II ocorre uma profunda mudança no sistema de governo inglês, foi criado nesse período a Declaration of Rights, fundado pela Convenção do Parlamento, que limitou o poder do Soberano, reafirmando a reivindicação do Parlamento para controlar as taxas e as legislações e provendo garantias contra os abusos de poder que James II e outros Reis Stuart tinham cometidos.

Nesta época ocorre também a exclusão dos direitos de James II e seus herdeiros assim como a todos os católicos ao trono inglês, e também prevê para os novos soberanos um requerimento em seu juramento de coroação, jurar e manter a religião protestante.

A lei foi designada para garantir que o Parlamento funcionasse livre da interferência real. O soberano estava proibido de suspender ou dispensar com leis sem a permissão do Parlamento, ou de impor taxas sem o consentimento do Parlamento. O soberano também não estava mais autorizado em interferir com eleições ou com a liberdade de expressão assim como procedimentos no parlamento não deveriam ser questionados em nenhuma corte, a não ser dentro do próprio parlamento. (Essa sendo a base para o privilégio do parlamento moderno).

Em 1694 o soberano foi requerido a convocar o parlamento frequentemente (o Triennial Act reforçou o requerimento de convocação regular dos Parlamentares). Ocorre também nesse ano o aperto do controle do parlamento sobre os gastos reais tornando William e Mary deliberadamente dependentes do parlamento. Finalmente o soberano foi proibido de manter um exercito permanente em tempos de paz sem o consentimento do parlamento. Entretanto, o soberano deveria continuar convocando e dissolvendo o parlamento, apontando e dispensando ministros, vetar legislações e declarar guerra. A então chamada “Revolução Gloriosa” resultou na permanente mudança de poder; se bem que o monarca permaneceu de importância central e o parlamento tinha–se tornado uma característica permanente da vida política.

Em 1697, o parlamento decidiu dar um subsidio anual de £ 700,000 ao rei para a vida, como por exemplo, contribuições para despesas do governo civil, que inclui julgamentos e salários de embaixadores, assim como despesas da Royal Household’s.

A“Bill of Rights” tinha estabelecido a sucessão dos herdeiros de Mary II, Anne e William III nesta ordem, mas em 1700 Mary morreu sem filhos aos 32 anos. A única criança sobrevivente herdeiro de Anne das 17 crianças, o duque de Gloucester tinha falecido aos 11 anos e William estava morto. A sucessão então tinha que ser decidida.

O “Act of Settlement” em 1701 não somente endereçou os aspectos religiosos da linha de sucessão, mas também restringiu os poderes e prerrogativas da coroa. Também neste ato o parlamento consentiu ao soberano travar combate ou deixar o país. Os juízes estavam no cargo por boa conduta e não por satisfazer os desígnios reais. Sendo assim ficou estabelecido um sistema judicial independente. Com este ato reforçou o “Bill of Rights”. As razões que levaram William a aceitar o trono foram para reforçar o cerco contra Louis XIV. William então se juntou a Holanda para impedir o expansionismo Frances numa guerra que duraram nove anos.

Se bem que Louis XIV foi forçado a reconhecer William como rei no Tratado de Ryswick (1697), a política de intervenção de William custou em termos financeiros e popularidade.

Essa sucessão de fatos ocorridos explicam a diferença no formato dos mobiliários desse estilo e de seu rival o estilo Louis XIV que eram muito mais ornados e com elementos metálicos.