Dom João V (1700 D.C – 1750 D.C)

Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neubourg, foi aclamado rei em 1707. O periodo vai de 1700 à 1750.

Quando iniciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França. Com esta guerra a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a aliança com a Inglaterra.

Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. O rei convidou expoentes da arte barroca alta e arquitetura da Itália, Alemanha e França a virem a Lisboa. Proibiu a importação de móveis e do uso do ouro em móveis. Com a riqueza do reino proveniente da exploração das minas de ouro do Brasil, D. João V pretendeu à semelhança dos outros monarcas europeus, imitar Luís XIV; o mobiliário dito D. João V é fortemente influenciado pelo Queen Anne e Jorge I.

Durante o reinado de D. João V, o design de mobiliário Português evolui de forma muito clara a partir do Estilo Nacional Português através do barroco ao rococó. No entanto, a execução é de um estilo singular Português, ao contrário da maioria dos progenitores e francês Inglês.

A presença do Inglês em Portugal levou à rápida adoção da perna cabriole e a introdução de novas formas, como a mesa lateral, mesas de pé do portão, o meia comoda (semelhante a um menino baixo) e cômoda. Duas exceções a esta regra eram os Buffet mesa eo contador cuja produção continuou durante todo reinado de D. João V. eram uma reimplementação Português típico de clássico estilo europeu. O indicador foi introduzido de volta da Holanda através de Inglaterra, mas emparelhado com talha barroca extravagantemente cristas conchas.

O estilo de D. João V é marcado pela riqueza dos materiais, pelo magnificence das partes e pela vasta gama de ornamento. É bastante evidentes em cada parte de mobília as linhas curvadas, escudos, bola e de pés da garra. Seja pelo design ou como uma conseqüência da proibição de utilizar o ouro, o Português continuou com sua tradição de usar a interação entre a madeira escura que reflete a luz como decoração; conceito primário aliado à beleza marcante da região tropical madeiras exóticas.

As características destes móveis são praticamente iguais às dos de origem portuguesa. O estilo D. João foi um estilo inspirado em outros estilos já existentes, como Luís XV, Queen Anne e Chipandele. Não podemos, entretanto, considerá-lo uma cópia, pois além de ser a fusão de vários estilos, tem um caráter pessoal de seu país de origem: Portugal. Teve várias fases, mas o mais importante é que na época do Marquês de Pombal (1715), quando é introduzido no mobiliário o chamado barroco francês, entra em uso a talha delicada com motivos de pequenas folhas e pequenas volutas entrelaçadas, mas sempre com um ar de grande delicadeza. Ebenistas franceses vão notadamente para a cidade do Porto e lá montam pequenas oficinas onde flores, pequenas margaridas, vão aparecer depois no estilo Dona Maria I, mas ali não entalhadas e sim realizado caprichoso trabalho de marqueteria. É este o tipo de mobiliário D. José (nome do soberano português na época) e que no entender de muitos conhecedores, nada mais é que o estilo D. João V florido.

Infelizmente, por causa da o terremoto catastrófico e consequente tsunami que destruiu Lisboa em 1755, há apenas um número limitado de verdade mobiliário D. João V em coleções de museus.